Seu filho não quer comer direito, recusa experimentar novos alimentos e rejeita até o que já fazia parte do cardápio? Saiba que isso é comum, especialmente dos 2 aos 5 anos de idade, fase que aflora a seletividade alimentar.
Contudo, os pais precisam ficar atentos para que o comportamento não prejudique a formação de bons hábitos alimentares. Leia as dicas da nossa nutricionista e ex-aluna, Rafaella Dusi:
1. Dê o exemplo
Crianças aprendem mais com o que observam diariamente do que com palavras. Não adianta sempre consumir doces, fritura e refrigerante e esperar que seu filho aceite frutas e verduras. Lembre-se: os filhos tendem a imitar os hábitos dos pais, logo, dê o exemplo.
2. Respeite o intervalo entre as refeições
O organismo da criança precisa de tempo para digerir a última refeição até que a fome apareça novamente. Se a criança comeu há pouco tempo, possivelmente não terá apetite suficiente na próxima refeição. O intervalo entre as refeições costuma ser de, no mínimo, duas, e no máximo quatro horas.
3. Fique de olho na quantidade
Preste atenção à quantidade de comida que você oferece para o seu filho. Não há uma quantia preestabelecida para cada criança, mas você deve levar em conta a idade e o apetite de cada um. Quer que seu filho coma tudo que está no prato? Defina metas possíveis de serem cumpridas.
4. Entenda o ritmo de cada criança
Seu primeiro filho come muito rápido, logo, o segundo levará o mesmo tempo, certo? Na verdade, não é bem assim. Cada um tem seu ritmo, inclusive para comer. Assim, reserve ao menos 25 minutos para a criança comer com tranquilidade. Se seu filho estiver demorando muito para comer, considere alguns fatores que podem interferir no apetite, como: sono, indigestão, dentição ou mesmo o excesso de alimento oferecido na refeição anterior. O desajuste em relação aos horários de refeição da escola e de casa também podem aumentar o estresse. O ideal é que os horários de alimentação em casa sejam os mesmos da escola.
5. Disponibilize opções saudáveis
Sempre que seu filho tiver fome, ofereça opções saudáveis, como frutas, sucos naturais e alimentos integrais. Observe o que você coloca no prato e na lancheira, o que faz parte da rotina alimentar da criança, pois é no dia a dia que se adquirem bons hábitos. Quando for ao mercado, evite comprar alimentos que não fazem bem, geralmente ricos em gordura e açúcar e pobres em fibras e vitaminas, como sucos de caixinhas, queijinhos processados e biscoitos e bolinhos recheados.
6. Elogie bons comportamentos
Quem não gosta de ser elogiado? Independentemente da idade, crianças ficam felizes de saber que estão fazendo a coisa certa. Assim, sempre que seu filho experimentar novos alimentos, comer legumes, verduras e frutas, lembre-se de elogiar. Cuidado para não oferecer recompensas por bom comportamento (se você comer isso, ganha aquilo…), pois comer direito é o certo, e não algo que exija contrapartida.
7. Nunca deixe de oferecer um alimento que foi recusado
Estudos sugerem que um mesmo alimento deve ser oferecido de 12 a 15 vezes até que seja possível concluir que a criança realmente não gosta dele. Dá trabalho, mas é necessário educar o paladar desde cedo.8. Tente variar a apresentação e envolva a criança no processo
As chances de o seu filho experimentar algo novo aumentam se você oferecer o alimento de diferentes formas. A cenoura, por exemplo, pode ser ralada na salada, cozida na sopa, pode compor um purê ou uma farofa. Sempre que possível, deixe também que a criança participe do processo. Ele pode ir com você ao mercado ou à feira, ajudar na escolha do cardápio, a arrumar a mesa, a lavar tomatinhos e folhas. Incentivar o envolvimento aguça a curiosidade e diminuiu a rejeição.
9. Transforme a hora de comer em um momento de prazer
Mesmo com a correria do dia a dia, tente fazer com que a hora de comer seja sinônimo de tranquilidade e prazer. Por isso, evite os eletrônicos (tablets, celular e TV), que estimulam demais a criança. Prefira transformar aquele momento em algo gostoso: crie estórias que envolvam os alimentos, as cores ou personagens que a criança gosta, converse, coloque uma música calma. Isso fará muita diferença para o seu filho e para você também.
10. Mantenha a calma e seja perseverante
A educação alimentar demanda muita dedicação, mas o resultado compensa. Por isso, insista, converse, tenha paciência, tente novamente. Lembre-se: quanto maior a diversidade de alimentos que você oferecer, mais saudável seu filho será. Se tiver dificuldade, procure a ajuda de um especialista, como nutricionista ou psicólogo que trabalhe com alimentação infantil.
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