O que fazer para uma adaptação escolar mais tranquila?

Ao frequentar a escola pela primeira vez em suas vidas, o tempo de adaptação varia de criança para criança. Uma das preocupações é tornar o período o mais breve possível para que cada criança possa frequentar a escola naturalmente. Grande dose de ansiedade vem do lado dos pais, que também acaba refletindo na criança.

Por exemplo: vamos supor que uma criança em idade pré-escolar nunca tenha ido a um supermercado e, meses antes, os pais começam a prepará-la para conhecê-lo. O “desconhecido” é apresentado da maneira mais detalhada possível. Certamente, no primeiro dia em que ela for ao supermercado irá estranhar e ter reações semelhantes às do primeiro dia da escola. Quantos pais não voltam frustrados do parque de diversões porque os filhos demonstram insegurança em relação aos brinquedos e não se divertem como supunham?

Imaginemos agora a aprendizagem do ato de velejar. O “marinheiro de primeira viagem” terá que aprender a manusear o seu veleiro ainda em terra. Em seguida, já dentro da água, suas primeiras tentativas serão sempre junto à margem. Só depois de conhecer realmente o seu barco e o mar é que começará a se afastar. Qualquer fato inesperado fará com que retorne à margem de imediato. Assim é a adaptação na Escola Canarinho!

Toda criança, quando acompanhada de seus pais, se sentem mais seguras e confiantes. A proposta da Escola Canarinho é evitar um clima de expectativa. E, ao invés de haver toda uma preparação verbal, os pais devem ir à escola e fazer com que os filhos os acompanhem. A escola passa a ser apenas mais um local a ser visitado, sem medos e preconceitos.

Como o velejador que observa o mar e manuseia o barco, a criança, ao entrar na escola, passa a observar o ambiente que a cerca com o intuito de conhecê-lo. Neste momento, necessita da presença de sua mãe, como a aprendiz que ainda não se aventurou, ficando em terra seguro. Quando o barco se torna elemento familiar, o velejador lança-se ao mar, apenas recorrendo à margem em situações em que se sente desprotegido. Da mesma forma, a criança em fase de adaptação à escola só procura a mãe em momentos de insegurança. Ao adquirir confiança em si mesma, não mais solicitará a presença materna e irá “se afastando da margem”.

O tempo necessário para essa adaptação depende de uma série de fatores: do ambiente, do apego infantil e, principalmente, das pessoas que participam com ela desse processo.

Sabemos que o período da adaptação é fundamental para que seu filho fique tranquilo e feliz na escola, mas sabemos também que é um período difícil para todos (mãe, pai, filho e escola), pois precisamos nos conhecer para ficarmos à vontade. A vida das crianças é repleta de desafios e novas experiências, e quando chega a hora da adaptação escolar, não é diferente. O momento é delicado e demanda atenção especial da família.

Mas como tornar esta experiência algo menos complicado? Listamos 10 dicas essenciais que podem te ajudar:

1. Entenda e respeite o processo

A adaptação deve ocorrer de forma gradual, sem traumas. Assim, é provável que você tenha que deixar a criança na escola um pouquinho a cada dia, começando com uma hora de permanência. Este processo é fundamental, pois mesmo que a criança pareça confortável e segura, a mudança de rotina pode gerar insegurança e medo. Caberá à escola fazer o devido acolhimento para estabelecer laços afetivos, deixando a criança mais tranquila. Empatia, suporte emocional e acolhimento são palavras-chave nesta etapa.

2. Compreenda os desafios e foque nos benefícios

Toda mudança causa desconforto, e justamente por isso é necessário um tempo de adaptação. Neste período, é natural que a mãe fique mais sensível, e que a criança chore, apresente alterações de humor, de apetite e de comportamento. Compreender que estas oscilações são normais e fazem parte do processo facilita a jornada. Quer se acalmar? Foque nos benefícios. Lembre que esta “ruptura momentânea” é necessária para você retomar a sua rotina, que a saudade e a apreensão iniciais diminuem com o tempo e que esta experiência ajudará no desenvolvimento do seu filho, tornando-o mais independente e confiante.

3. Ajuste a rotina do bebê

Antes de dar início à adaptação, informe-se sobre a rotina e horários da escola, e tente fazer alguns ajustes em casa. Evite levar a criança para o momento da adaptação caso ela esteja com fome ou sono. Lembre-se também que a professora poderá dar mais atenção ao seu filho se vocês chegarem em horários diferentes dos de entrada e saída, quando todos os outros alunos chegam na escola.

4. Respeite o ritmo da criança

O tempo de adaptação depende do ritmo do seu filho. Cada criança é única e reage de forma diferente, por isso a escola e a família precisam atuar em parceria, acompanhando esta evolução diariamente e fazendo os ajustes necessários.

5. Confie na escola e trabalhe em equipe

Para que a criança se sinta bem, você também precisa confiar na escola. Acredite que a instituição que você escolheu está preparada para lidar com circunstâncias que são reflexo da fase de adaptação. Evite falar na frente da criança frases como “estou preocupada de ele não se adaptar” ou “será que estão cuidando bem dele?”, pois podem gerar insegurança ou comportamentos indesejados. Reforce as coisas boas, como amigos, parquinho, brincadeiras. Lembre-se: a fase de adaptação é também o momento de a família e a escola se conhecerem e unirem forças em benefício da criança. Se tiver dúvidas ou insatisfeita com alguma coisa, não deixe para depois. Converse quantas vezes forem necessárias, pois quanto mais tranquilos e confiantes vocês estiverem, melhor para o seu filho.

6. Seja breve e carinhoso ao se despedir

Ao chegar à porta da sala, olhe para a criança com segurança e afeto. Diga que é importante que agora ela fique com a turma, que você voltará logo e entregue-a à professora. Se a criança for maior, incentive-a a entrar na escola caminhando. Além disso, nunca diga “vou ali e já volto” ou aproveite um momento de distração da criança para sair. Ao fazer isso, você abala a relação de confiança, pois ao ser enganada a criança se sente triste, frustrada e até mesmo abandonada, o que dificulta (e muito!) a adaptação. Por fim, procure não se atrasar para pegar o seu filho, especialmente neste período.

7. Faça a escolha certa

A definição de quem vai acompanhar a criança na adaptação é algo estratégico. Além de considerar fatores como disponibilidade, autocontrole e vínculo afetivo, é importante pensar com quem o processo seria mais “descomplicado”. Considere também que a adaptação deve ser feita por um único membro da família.

8. Mantenha-se fora do campo de visão da criança

Toda escola precisa de tempo e espaço para conquistar e ganhar a confiança do aluno. Por isso, é comum que a instituição peça que o adulto se afaste durante a adaptação. Quando os pais estão por perto, é comum a criança não se soltar, evitar a companhia de outras pessoas e se comportar de forma diferente. Mesmo sabendo disso, se você decidir ficar, cuide para que a criança não te veja, apareça somente se a professora te chamar e segure aquela vontade de entrar na sala ao primeiro choro.

9. Promova a segurança emocional

Mande para a escola alguma referência de casa, algo que faça seu filho se sentir mais confiante e tranquilo (chupeta, cobertor ou bichinho de pelúcia). Faça uma mochila pequena, somente com o essencial. Os pais também podem levar a criança para conhecer a escola antes do início da adaptação.

10. Reduza as expectativas e acolha as emoções

Respire fundo e administre as suas expectativas. Peça ajuda. Entenda que esta jornada poderá ser calma e serena, ou talvez turbulenta, mas a escola será um porto seguro, especialmente quando seu filho estiver na educação infantil. Conheça as possibilidades, aceite e acolha as emoções que estiverem presentes e lembre que você não precisa ser forte o tempo todo. Apenas acredite que tudo dará certo no final.

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